terça-feira, 17 de agosto de 2010

Amor, um enorme oceano

E de tanto nadar contra a maré, percebeu o quão inútil foi tal tentativa, não adianta fugir do que já é destino, este não falha. Pensou ela que conseguiria segurar o mar por muito tempo, mas por fim decidiu ir a favor das ondas.
Foi jogada à beira do mar, por uma truculenta onda. Sim, por mais que tivesse se rendido tentou voltar ao mar, tanta calmaria a assustava, preferiu se arriscar contra o mar do que ser levada por este junto a maré .
Tinha medo de gostar dessa calmaria, pois não sabia quanto tempo esta poderia durar. Tinha medo de ser surpreendida e se afogar. Preferia afogar-se por si só do que pensar que tal afogamento ocorreu por simples tolice de ter se deixado levar pela maré.
Mas de repente ela mergulha, e seus ouvidos ficam surdos com tanta pressão, ela se encontra no mais profundo oceano, líquida imensidão, que a carrega calmamente, cada vez mais fundo, e sem que pudesse sentir, acima dela enormes ondas se quebram. São seus pensamentos, que antes a perturbavam, mas que agora tornaram-se diminutos quando ela decidiu se entregar de corpo e alma ao mar !

Um comentário:

  1. lindo! pensamentos que deixam de ser barulhentos, catárticos.
    fantástico!

    Tinha medo de gostar dessa calmaria, pois não sabia quanto tempo esta poderia durar.
    acho realmente que entendo isto!

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