quinta-feira, 8 de setembro de 2011

A descoberta do mundo

Definitivamente, não sei existe tempo certo para se descobrir as coisas. O mundo está aberto para nós, e apenas a nós cabe a vontade e coragem para explorá-lo.
Nos jogar ao desconhecido é como ir bem fundo no mar aberto. O medo é eminente, mas a curiosidade para se saber o que podemos encontrar lá, é maior ainda. Somos peixes pequenos dentro da imensidão do mar, mas nem um pouco incapazes de aguentar alguns afogamentos.
Querer descobrir o que se tem curiosidade, nada mais é do que o primeiro passo para novos mundos, é transcender nas experiências. Sopros de vida a cada descoberta. É conquistar a cada instante uma eternidade ímpar.
Saber se dar ao que se tem é não desperdiçar. Às vezes temos que nos dar o direito de permissividade. Tocar com a alma e com o coração o que nos chama. A vida!

Meu eu não me quer

Hoje eu acordei com uma ressaca pessoal. Só de sentir meu cheiro passo mal. Estou embriagada. Tenho tomado tanto de mim, que de mim fiquei enjoada.
Pensamentos conturbados, está tudo errado! E a mim só resta me esconder.Só não sei onde nem como. Fui pedir a alma para me abrigar, mas esta não me quis. Reclamou dos pensamentos prolixos que tenho tido, e que a ela muito tenho confundido. Então decidi apelar ao coração um lugar dentro dele, mas este também me recusou, pois disse estar cansado das confusões que a ele tenho causado.
Não sei mais para o que vou apelar.Acho que até os santos estão me evitando, porque até a vela que eu acendi já se apagou. Sinto um complô no ar. Acho que vou me juntar aos livros da estante e me dar uma forma e um conteúdo - ou pelo menos tentar-. Eu serei a história! E o título tanto faz. Certeza que causarei estranhamento na prateleira.
E não é que me chutaram do armário! O jeito vai ser me contentar comigo e me limitar a um livro de bolso até recobrar meus valores e me querer de volta!

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Invertendo as funções !



É até estranho dizer que as palavras podem ser desnecessárias em alguns momentos, mas eu tenho uma justificativa para isso!
Existem coisas que não conseguimos demostrar através das palavras, e é nessa hora em que vemos sua inutilidade. E partimos para a "troca". Isso mesmo, um troca-troca. Passamos a atribuir o papel das palavras a uma outra parte do nosso corpo, um pouco acima da boca. Os olhos.
Eles sim nos denunciam, nos condenam, e depedendo do momento até nos expõem.Falam sem precisar de palavras.E quando decidem se abrir explicitamente, é como se liberassem palavras carregadas de emoção, até gosto isso tem, um tanto salgado.
Mas há também os olhos que falam desejos. Os que dispertam interesse.Os desconfiados e os medrosos. Os que se escondem e os que devoram.E quando os olhos falam do vazio, é a ausência de brilho que transparece a palavra.
Olhos e seus olhares seriam como palavras silenciosas. São sutis e imperceptíveis aos grosseiros. Enorme potencialidade quando usados de forma inteligente. Às vezes é bom fazer um troca-troca !

Casualidade


Você é a beleza que a minha vaidade deseja.

Não te quero por amor

Te Quero por prazer

Pelo ato, de quatro

Não precisa lembrar meu nome

Só não o troque

Hoje é só aquilo que me interessa

Casualidade !

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Sem valor estimado

É preciso ser mais e não querer muito para perceber o valor das coisas!
Com alma sonhadora ela define seus objetivos. Olhando de fora é pura subjetividade, mas quando se aprofunda o olhar, tudo passa a ganhar maior dimensão.
Ela gosta do sorriso, do olhar, do abraço. Do simples. Não exige além do que pode dar. Sabe até onde pode chegar, às vezes exagera, mas nunca se cansa. Ao invés de desistir ela segue em frente, mesmo com o coração carregado. Sabe que aquele muito que queria, não era nada, perto da simplicidade que a faz feliz.

domingo, 4 de setembro de 2011

Há um descompasso

E com os olhos bem fechados, ela deu um suspiro bem fundo e começou a ouvir as batidas de seu coração. Percebeu o descompasso entre o pulsar de seu coração e o pulsar do mundo. Nao havia sincronia. Equanto o mundo corria em batidas pesadas, com calma ela ia.

Escrita

E quando tudo o que pensamos ja foi inventado? É tão difícil competir com palavras de pessoas célebres. Sinto medo durante a escrita. Discorro com insegurança, e muitas vezes tropeço nas linhas. Há momentos em que as palavras fluem, mas a estas dou o nome de epifanias e não de, "saber escrever". Bons textos quando escritos, acredito poderem vir de ideias repentinas, mas quando se sabe escrever de fato, deixa de ser um ato corriqueiro e passa a ser um dom.
Em alguns momentos, tento conversar com escritores durante a leitura de seus textos e histórias, pois, nada melhor para aprender a escrever do que lendo bons livros.
Entrar no mundo das palavras é realmente prazeiroso, e melhor ainda quando aprendemos a usá-las, é como doce colorido, delicioso!

Eu monstro ou Eu apenas complexo

Me toco, me sinto. Talvez a isto, possa eu atribuir a existência. Saber que estou e que talvez seja. Esse momento de auto-conhecimento muitas vezes me parece toscamente natural, mas nem sempre admito.Afinal, se o ato de falar sozinho para não esquecer coisas já soa um tanto estranho, imagina uma conversa pessoal, onde você fala, responde e ainda conclui.
Sem contar que o auto-conhecimento, quando tido a fundo, assusta,confunde, estranha! Somos lindamente complexos.Somos aquilo que pensamos e possuimos.E também podemos ser aquilo que almejamos. Somos possuidores de escolhas. Escolhemos aquilo que queremos ser e pensar, não implicando no acontecimento de tais, mas a escolha é sempre nossa.
Se conhecer, é como abrir caixinhas de surpresa, podem conter coisas boas,coisas a serem melhoradas, coisas a serem compartilhadas e coisas que merecem ter a caixinha fechada ou até mesmo jogada fora. E há também as coisas que admitimos não precisar, mas que de uma forma bem difícil, tentamos escondê-la de nós mesmos, dentro de uma outra caixinha.Às vezes nos prendemos à coisas que sabemos não valer a pena, mas nos desfazer de coisas que gostamos, mesmo sendo um nada, dói.
Essa tal coisa de saber o que somos, o que pensamos e o que queremos, parece um monstro grande,feio e assustador, mas quando começamos a conhecê-lo, dá até um certo prazer. E eu preciso contar um segredo! Por esses tempos encontrei esse monstro, ele mora dentro de mim, usa minha pele, meu nome e pensa como eu, e até a nossa complexidade é a mesma.
E depois que passei a saber como domar esse monstro, tudo que eu disse antes sobre ser assustador, confuso e estranho, passa a ser simplemente eu.