segunda-feira, 27 de setembro de 2010

amor de verão


E eu tiro toda a maquiagem
Porque você diz gostar de mim
Na minha forma mais real
Você diz que eu não preciso de máscara
Porque a minha beleza é simples.
.
E enquanto dançamos sob a chuva
Eu realmente não sei
Mas com você junto de mim
Não ligo de molhar meu vestido preferido
E de mãos dadas estamos juntos.
.
Enquanto a chuva cai
Você me olha e diz
Diz que eu sou a melhor coisa que já te aconteceu
E eu, com os olhos baixos
E bochechas rosadas, me calo.
.
E dentro de mim sinto o silêncio
E bem suave, ouço uma voz
E esta me diz sem medo
Que você possa ser meu outro primeiro amor
A quem confiarei meu coração.
.
E quando finalmente temos nosso primeiro beijo
A chuva parece passar
E ainda molhada, sinto o sol já esquentando
E de dedos entrelaçados
Caminhamos em direção ao que esperamos ser eterno !

menina mulher, mulher menina .

De unhas rosas e um rosto de menina. Com as mãos, ainda que com medo, as coloca sobre o peito, e junto ao silêncio ela sente e ouve um descompasso. Tudo tem acontecido tão depressa que ela não teve tempo para sentir a fundo todas as transformações que estavam acontecendo dentro dela.
Ela coloca os braços sobre a mesa, com as mãos fechadas uma sobre a outra, e então apoia seu rosto nestas, e fecha os olhos. Ela sente seu próprio cheiro e pensa que por ele alguém já se apaixonou.
E enquanto se mantém de olhos fechados, é como se tudo se misturasse, como se ela perdesse os sentidos, e sobre ela deitasse o cansaço.
Por mais que saiba que a espera é inútil, começam a cair gotas de saudade de seus olhos, que acabam por molhar o papel. Onde tem tentado verbalizar o que a tem incomodado. Mas sente um aperto involuntário.
E ela realmente sabe que tudo vai passar, ainda é menina, e os acontecimentos ainda estão recentes, mas seu coração é forte. Tem rosto de menina, mas seus olhos carregam verdade de mulher. Pinta as unhas de rosa, mas sua força é vermelha.
Pode não ter doçura de menina, mas sabe como demonstrar seus sentimentos por mais que sejam desconcertados. O medo da entrega as vezes a deixa acanhada, mas não perde uma só oportunidade quando percebe que pode doar-se a quem gosta.
E agora, tudo o que ela quer é colocar novamente as mãos sobre o peito e sentir seu coração em batidas compassadas.

E pra saber o final da história, só lendo o livro mesmo !


Por muitas vezes, deixamos de fazer coisas que gostaríamos por medo das possíveis consequências, porque de fato, nunca sabemos o que está por vir, porque se soubéssemos de tudo o que pode acontecer, acertos seriam mais comuns que erros. Nos machucaríamos menos, aprenderíamos menos. Mas em consequência, não haveriam surpresas no caminho.
A vida é como um livro, que escrevemos ao longo dos acontecimentos ocorridos, mas que nem sempre são escritos da forma que gostaríamos. Porque, por mais que sejamos donos de nós e de nossas vidas, não temos controle de tudo que acontece a nossa volta.
Até temos uma ideias do que possa acontecer daqui a alguns instantes, mas isso não implica em pensar que isso vá se concretizar. A vida , assim como os acontecimentos, são incertos. E é esse medo da incerteza que nos segura quando estamos prestes a mergulhar de cabeça.
O medo do afogamento é tão eminente, que o máximo que fazemos é deixar a água bater na cintura. Pois, a ideia de entrar numa onda é quase nula quando o medo de ser levado por esta é maior.
Muitas vezes ficamos curiosos para saber o que pode acontecer durante nossa caminhada, mas nem sempre estamos dispostos a encarar os percalços que possam aparecer. Em alguns momentos, gostaríamos de pular partes e ir direto ao epílogo. Epílogo este que muitas vezes criamos em nossa cabeça, que esperamos que aconteça conforme o planejado, mas não temos o futuro nas mãos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Eternidade

Enquanto possuir minha eternidade, quero poder tocar todas as minhas músicas.
Quero poder viver e sentir todos os amores que vierem ao meu encontro.
Quero me sentir inspirada a escrever, toda vez que ler Clarice.
Enquanto possuir minha eternidade, quero poder mergulhar fundo nas minhas vontades, mesmo que estas não sejam certas.
Pois, enquanto possuir minha eternidade, quero ter todas as chances para errar e acertar.
Quero sentir a chuva em meus rosto, e meu coração pulsando, me mostrando o quão viva estou.
Quero sentir o vento me soprando uma direção, e mesmo que me perca um pouco, logo aprenderei a usar o vento a meu favor.
Enquanto possuir a minha eternidade, vou tentar conquistar todos os meus sonhos.
Vou querer todas as pessoas que amo perto de mim.
Pois, enquanto possuir a minha eternidade, farei do amor a minha essência.
Quero poder chorar de alegria todas as vezes que meu coração estiver inundado de coisas boas.
Quero poder chorar de tristeza toda vez que dentro de mim a tristeza apertar.
Enquanto possuir a minha eternidade, desafiarei a mim mesma, pois uma das tarefas mais difíceis é vencer a si próprio.
Quero me jogar ao mundo mesmo que com medo das incertezas.
Quero quebrar as regras, mesmo que isso me traga duras consequências.
Pois, enquanto possuir minha eternidade, viverei em constante aprendizagem.

Enquanto possuir minha eternidade, farei dela mais do que simples existência !

Me canta teu samba

Me canta teu samba
E eu digo se gosto
Mas vem com calma
Porque não faz muito tempo
Que o samba de um malandro eu ouvi
E ele era tão bom que eu caí
Mas agora aprendi

Me canta teu samba
E eu digo se gosto
Mas vem com calma
Me canta um samba de alegria
Me faz sambar na tua folia
E não venha dar um de malandro
Porque esse samba eu já ouvi

Me canta teu samba
E eu digo se gosto
Mas vem com calma
Me faz dançar teu samba
Me deixa na corda bamba
Agora vem e samba comigo
E bem baixinho vou dizer se gosto do teu samba !

Tá uma coisa coisada

É que hoje eu to meio sei lá
Tô com as ideia fora de lugar
Essas coisa me deixa meio assim
Minha visão tá meio coisada
Minha escrita tá.. ah você sabe
Os acontecimento tão meio pa pum
Tem um gosto écat na minha boca
Tô pensando coisa nada a vê
Tem boi na, muuu
A ligação tá zuada
Tá um perereco de meu deus
Deu pau no sis.. Poft !
É que hoje to meio sei lá

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Fugindo de significações catalogadas (I)

Muitas vezes estamos condicionados a recorrer ao dicionário quando queremos descobrir o significado de algumas palavras, pois esta é a forma mais eficaz e segura.
E esses dias, na ida a uma amiga, no qual falávamos sobre mim, ela me fez um questionamento e que de primeiro momento me deixou pensativa, pois, por mais que tivesse entendido o que ela queria dizer, só fui perceber que o que ela dizia era verdade, por ela ter me questionado.
E o que questionamento que ela colocou para mim, foi a maneira como eu uso as minhas palavras, pois para ela, minhas palavras muitas vezes fogem de significações catalogadas, tendo um significado singular.
Naquele momento fiquei um pouco pensativa, e todas as conversas que já tive com ela vieram a tona. E logo pensei " Será então, que em algumas das nossas conversas ela me entendeu de forma erronea ".
Admito que aquilo me deixou muito perplexa, pois, não só como ela, como outras pessoas podem ter me entendido de forma errada.
Daí então, à partir dessa conversa, disse a ela para me perguntar sobre os meus significados todas as vezes em que as minhas palavras tomassem um caráter singular. Afinal, ninguém gosta de ser mal interpretado !

Fugindo de significações catalogadas (II)

Eu te peço,
se em algum momento
não entender o que digo
me questione !
Não faço de propósito,
ás vezes, minhas palavras
carregam mais do que simples significado
às vezem vem acompanhadas de sentimento.
Muitas vezes,
tornando seu significado singular,
mas quero que entenda,
não faço isso por pirraça,
é algo inerente a mim,
nem eu sei de onde adquiri tal hábito.
Por isso que peço,
me questione !
Não gosto de erradas interpretações,
ainda mais quando estas remetem-se a mim.
Mas se em algum momento,
você não me questionar
por pensar ter me entendido,
me desculpa,
faz pouco tempo que me dei conta disso !

Aos amores

23h33 e o silêncio finalmente toma conta na noite. A sombra das rosas no vaso aparecem no meu papel. E junto ao silêncio, fazem com quem as lembranças voltem.
Penso nos amores, nos amores que vivi, que vivo, que perdi, que ganhei e nos que ainda tenho para dar e receber.
Mas por algumas infelizes circunstâncias tenho me prometido a cuidar e me dedicar apenas aos amores " certos". Meu amor pela escrita ( despertado pelas leituras de Clarice), o amor pelo desenho ( nascido junto de mim ) e o amor pela música ( imbuído em mim desde as canções de ninar cantadas pela minha mãe ), estes formam uma tríade, capaz de me segurar em qualquer situação de possível desabamento.
Talvez estes, sejam amores racionais, e por estar disposta a não querer um amor subjetivo agora, meu apego a estes por uma questão de segurança e à necessidade de amar algo. Pois quando a ausência se faz presente por muito tempo, a alma pede por algo a mais.
E por talvez, simples ironia, não é só a alma que vai pedir pelo basta da ausência, o coração também o pede. Mas o pedido deste é um pouco mais complicado, mas nem por isso impossível.
Mas como disse, apoiar-me-ei apenas em minha tríade, essa não me engana, nem me magoa. E no momento me basta !

sábado, 18 de setembro de 2010

As três

Onze horas, e todas as três estavam sentadas à mesa tomando o café da manhã. Os pés já encostam no chão, e a maturidade já se mostra presente. Como o tempo passou, e eu aqui olhando para nós três e pensando no quanto crescemos.Cada uma com sua singularidade, uma fala demais, a outra séria demais, e eu ainda crescendo. Crescendo junto delas, ouvindo suas experiências e fazendo delas algo importante para mim.
Antes falávamos sobre desenhos e brinquedos, hoje discutimos sobre estudo e família, sim, ainda somos jovens, mas um dia seremos mães, mulheres, amadas.
Por muitas horas ficamos conversando, às vezes coisas sérias, ou para descontrair, fazemos graça, que só nos entendemos, botamos uma música de gosto unânime e cantamos juntas. Rimos juntas, vivemos juntas,crescemos juntas, sempre juntas.
Por mais que briguemos, isso é normal, somos pessoas como qualquer outra, e somos mulheres, temos tpm. Temos angústias, medos, inseguranças, e acima de tudo, temos a companhia uma da outra.
Vivemos em constante transição, e qualquer desentendimento que haja, naquele momento vamos virar a cara uma para a outra, mas depois de alguns minutos, sem que percebamos, já estamos rindo juntas, pois nos amamos, somos irmãs.
Amor que não se pode medir. Amor nosso. Amor único. Amor, amor !

Ele sabe a horar de parar

Por mais que ele haja por impulsos, ele sabe a hora de parar, sabe quando está cansado e que não vale mais a pena lutar por aquilo que não terá resultados.
Ele luta, corre atrás, mas nem sempre consegue aquilo que quer, não por não ter tentado, mas sim por falta de reciprocidade do outro.
Por mais que negue, ele espera por algo em troca, mas essa troca nem sempre vem, e por mais que saiba que tal ato pode acontecer, mesmo assim, ele aguenta por um tempo ficar na espera. Mas cansa, sua paciência esgota, seu sentimento muda, pois coisas verdadeiras não acabam, apenas mudam.
E quando se magoa, este promete se fechar por um bom tempo, dizendo não querer sentir mais nada. Alguns até se fecham por muito tempo, mas chega uma hora que a ausência se faz presente e inegável, até incomoda, daí então, recomeça a busca desordenada e ingênua por algo que possivelmente possa se tornar eterno.

Por alguns instantes ausência e sossego tornam-se sinônimos

Talvez, houvesse outra forma de expressar o que se passa por dentro dela, mas novamente preferiu se usar da escrita. Forma de se expressar, que para ela é infalível.
Sente por dentro um aperto, talvez por decepção, por ter sido decepcionada por alguém que talvez, ela tenha sentido algo mais do que apenas a vontade de querer beijar, sua vontade transcendia tudo, menos a decepção, que foi maior que a sua vontade de estar junto.
Por dentro, o que se sente não é o que se vê. Por fora ela se faz forte, mas por dentro ela se fecha, prometendo a si mesma nunca mais querer tanto alguém.
Nem chorar ela consegue. Tudo o que quer é aquetar o coração e voltar aquele sossego, quando em seu coração ninguém habitava !