segunda-feira, 29 de novembro de 2010

E os amores, como vão ?

E a conversa estava por terminar, e eu torcendo pra não ouvir a pergunta : " E os amores, como vão ?"
Ah não ! Ela fez essa pergunta. Era tudo o que eu não queria ter que responder, eu sei que podia calar, afinal, não sou obrigada a falar nada. Mas eu estava tão apertada por esses sentimentos, como um sutiã pequeno. Quase sem ar.
Voltando a pergunta... Demorei pra responder, fiquei com medo da resposta. Não pelo o que ela poderia pensar de mim, mas pelo simples fato de pensar se eu conseguiria me segurar depois das coisas que eu fosse dizer.
É, essa coisa de amores me pega no ponto fraco. Disse a ela que não quer nenhum amor a não ser o pela arte e pela filosofia, e até mesmo a música.
Tá, mentira, não disse nada disso, disse apenas que não queria nada de amores, que ficar " vazia" estava me completando.
Falei tão pouco, mas estava tão receosa, que essa pergunta seguida da minha resposta pareceu ter durado uma eternidade.
Ai, essa coisa de amor. Por mais que eu reclame, daqui a pouco estou me afogando novamente. Não me aguento, pareço bicho burro, por mais que me afogue, sempre começo com a água já na barriga !

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